#Sociedade Musical Ordem e Progresso
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Os fascinantes dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS, a reportagem fotográfica
Os fascinantes dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS, a reportagem fotográfica
Os dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS tocaram na Sociedade Musical Ordem e Progresso (Sistema/Smop) para apresentarem o seu novo disco “IIII” .A primeira parte esteve a cargo de Quelle Dead Gazelle que apresentou também o seu novo disco ” Dança Suja chão Sujo” . A nossa fotografa Ana Fernandes esteve lá e mostra-nos como foi. dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS Quelle Dead Gazelle
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NU NO and DELMORE FX +KAPPA CAT and GAM PORTUGAL SETEMBRO 2023
Sept 23 Sociedade Musical Ordem E Progresso, Lisbon w/ Nu No
Sept 27 Bar Donau, Porto w/ Nu No
Sept 28 FERRO BAR Porto, djset w/ Kappa Cat and GAM
Sept 30 Hotelier Porto, w/ Nu No
Thanks SO much: Nuno, Nariz Entupido, Sara Rafael, Paula Lopes, Pedro, Valdemar, Caterina.
Special thanks to Adrián de Alfonso.
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Histórico Da Eja No Brasil|A Evolução Do Ensino De Geografia No Brasil
Carnaval no Brasil do Período Colonial, Imperial e República (Séculos XVI ao XX). surgimento das novas técnicas de manejo da agricultura brasileira, trouxe consigo um progresso em termos tecnológicos e um desenvolvimento nos antigos bairros rurais transformando a ajuda mútua em parcerias, e em muitos casos em concorrência de mercado.|A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA. XVIII, ela também surge motivada por certos acontecimentos, ainda no mesmo século no Brasil, para satisfazer a demanda da aristocracia que pressionava governo imperial a criar uma solução técnica para continuar a produção de produtos agrícolas. A dinâmica política que envolve Estado capitalista e as classes trabalhadoras contempla uma fase em que aparelho de Estado, sob a pressão popular, declara novos direitos (civis ou políticos).} {É lamentável, perceber discaso do governo municipal e a ignorancia de muitas mulheres, crianças e jovens que desconhecesse seus direitos, por isso são vitimas constantes de abusos e desrespeitos. Entretanto, no Brasil esse período foi marcado pelo crescimento da economia, principalmente pelo aumento da indústria nacional que acabou rompendo com a política do café com leite predominante no período da Primeira Republica (1889-1930).|Mais torturas percorrem período militar no país, manifestações repreendidas com extrema força, com isso vem as notícias cada vez mais entusiasmantes sobre a Copa do Mundo tentando amenizar a revolta popular, passando a todos a imagem de que Brasil é um país privilegiado, com músicas que retratam isso.} {Numa breve comparação de países igualitários e
Confeiteira de Sucesso
, DaMatta percebeu a grande diferença que há para resolver as coisas, visto que, no nosso caso, sempre encontramos um "jeito". Ao voltar para Brasil publicou mais duas obras de grande repercussão nacional: Formação do Brasil Contemporâneo (1942) e Historia econômica do Brasil (1945).|Embora
Confeiteira de Sucesso
fosse, no período, um domínio de Portugal, esse processo tinha, na realidade, sentido de imigração (BRASILESCOLA, 2009). Há anos discute-se no Brasil a realização de uma reforma tributária ampla e irrestrita, que venha a diminuir os desequilíbrios do sistema tributário brasileiro.} {Atualmente,
Emagreça Corretamente Funciona
não precisa gastar muitos bilhões de reais com um Trem Bala, interligando somente três grandes cidades brasileiras (além das cidades que estiverem ao longo do caminho), enquanto povo brasileiro precisa urgentemente de mais recursos econômicas para outras áreas sociais, como Saúde, Educação, Segurança Pública, Geração de Empregos, e investimentos em outras obras de Infra-Estrutura de caráter mais urgente.|Chico Buarque de Holanda, um dos artistas mais censurado na ditadura militar, chacoalhou com total coragem em suas obras aspectos culturais, políticos e sociais, que mobilizaram
Emagreça Corretamente Funciona
toda sociedade até os dias atuais em busca de uma vida mais digna e justa, mostrando quanto ruim foi aquele período contra a liberdade de expressão e lutas individuais.} {Resenha apresentada à professora Ângela Faria Pimenta, da disciplina Historiografia Brasileira. ensino de Geografia é tão interessante quanto os outros (História,
Direção Ofensiva
Antropologia, Sociologia, etc.), por isso deve ser repensado e valorizado, para que as futuras gerações possam ter uma visão diferente do mesmo.|Porem seu clássico e Formação Econômica do
Direção Ofensiva
, obra esta que faz um estudo amplo e inédito da realidade histórica econômica do Brasil, do tempo da colonização portuguesa aos dias atuais, e claros em relação à época em que ela foi escrita. Quanto ao ensino da Língua Espanhola nas escolas, a lei que rege todo sistema educacional de nosso país, a LDB, relata que aprendizado da língua, não somente a materna, mas também a língua estrangeira, é direito de todo cidadão.} {Através dessas medidas, a ANTT não poderá mais impossibilitar a concorrência, evitando a burocratização da entrada de novas empresas na área, qual somente atrasa ainda mais no planejamento, investimentos
Dirigir é fácil
e execução de obras do setor ferroviário Brasileiro, os quais são inquestionavelmente importantes para desenvolvimento sócio-econômico brasileiro, além de maior integração espacial nacional.|Entre tantos fatos na história, a ditadura militar foi a que mais deixou marcas na biografia do
Dirigir é fácil
, e a intenção de toda censuram e repressão militar era provar que país estava em total ordem. Filosofia da educação brasileira. No Brasil, percebemos que a música gospel alcançou grande inserção social ao se deixar fundir com as rítmicas regionais brasileiras e ser utilizado como produto da Indústria Musical e midiática.} {Exterior), desde a década de 90 mercado começou a perder espaço nas exportações, listando entre os motivos, a fraca moeda antes do período Real”
Perder o Medo de Dirigir
que levou a uma crise no setor, pois as empresas não conseguiam mais honrar compromissos ou negociar bons valores com mercado internacional.|Bandeirantes, jesuítas, índios, negros, e pessoas vindas de todas as partes ajudaram alargar as fronteiras e ocupar território brasileiro. A compreensão
Perder o Medo de Dirigir
da história recente passa pela análise das interações entre os países relacionada à aceleração de economias e à construção de identidades.}
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Como Aprender A Tocar ViolãO?
O importante é não perder o ritmo, no começo você poderá se atrapalhar algo mas com um pouco de treino seu cérebro vai assimilando e tornando o ritmo automático em você. percepção rítmica, é importante você saber que o treino para desenvolver o ritmo dentro de você levar um tempinho, ok. Tudo no universo tem seu ritmo até mesmo o cosmos possui seu próprio ritmo com os dias e noites por exemplo. rápida nada disso de quando a música possui menos pulsos por minutos. Se você quiser permanecer fera e nunca mas sai do ritmo, leia este artigo até o termo, vamos lá. Nos dias de hoje, com a reprodução de tutorias e apps na rede, é bem mas fácil conseguir aprender a fazer quase tudo – e de forma autodidata. Se gosta de animar as festas com algo de salsa, este é o instrumento ideal para si. Bem, você se organizará da melhor maneira e poderá dedicar um tempo mas concentrado em reunir estes dois elementos. Diante disso, indicamos que você comece apoiando seu violão na perna direita. Tente manter o peito reto, autorizando, desta forma, uma boa respiração e livre movimentação de ambos os braços. Serão informações valiosas para que você aproveite ao máximo seu tempo e tirocínio na hora de tocar.
Aprenda Guitarra Do Zero!
Não só os acordes devem ser simples, porém também a sequência deles. Quanto à metodologia de ensino, não importa em que espaço do conhecimento, é preciso continuamente debutar do mais simples ao mas complicado. Separe as sílabas das letras da música e analise bem quando nota cai tal sílaba. Quando sentados, número reduzido de colocam o pé esquerdo em um banquinho para alçar levemente o violão. Por outro lado, guitarristas experientes que tocam em concerto tocam em pé, de na frente de para o público. Encontrar a boa postura estabiliza o instrumento e contribui para a coordenação da mão esquerda e da mão direita.
Como tocar piano e cantar ao mesmo tempo?
Conheça as melhores dicas para cantar e tocar o piano ao mesmo tempo 1. A regra de ouro: comece estudando uma parte de cada vez (voz e piano) 2. Ouça bem a versão original. 3. Usar uma partitura simplificada (opcionalmente) 4. Alguns exercícios para praticar o piano e voz. 5. Comece tocando e cantando uma música fácil.
O som resultante também é dissemelhante entre os violões, a contraparte de Nylon tem um som mais suave e macio, aço apresenta mas volume e o som é mas pomposo, ideal pra ambientes mais grandes. No caso dos violões aço a história é alguma coisa diferente, eles são mais aconselhados para quem deseja um som mais brilhante. O encordoamento de aço é mas forte o que faz com que o músico se canse mais rápido e resulta em dedos doloridos com maior facilidade. Com uma caixa acústica em tamanho ideal para boa sonância e braço leve com formato reto nas parte de trás, favorece bastante as chamadas “pestanas”, facilitando a aprendizagem dos estudantes. Eles se dedicaram tanto à sua música que todas e cada uma das ocasiões de suas vidas se tornam pretextos para imaginar ou para modificar suas canções. Segundo um estudo da renomada Universidade de Cambridge, os músicos, especialmente os violonistas e guitarristas, continuam sendo muito criativos mesmo nos momentos quando não estão tocando seus instrumentos. Aprenda a reencontrar sua confiança ao se localizar com seu violão!
Para debutar, adquira uma flauta de plástico, podendo adquirir uma de madeira quando tiver maior domínio do instrumento.
É relativamente simples de tocar e, desse modo, é ensinada às guris, ainda na local de ensino.
Deve também estrear a ter contato com o violão, ou mesmo com versões de brinquedo dele, para despertar interesse e criar privança.
A flauta guloseima é um instrumento musical de sopro que emite um som bem suave.
Por consequência, sendo um dos instrumentos musicais elementares, dominá-la abrirá portas com finalidade de possa dominar muitos outros instrumentos de corda. Para quem está começando a deslindar os primeiros acordes, as informações precisam ser bem detalhadas e é nem mais nem menos isso que o "Iniciantes do Violão e Guitarra" propõe. Dê uma olhada ainda em canais no Youtube com tutoriais de violão.
TáBua De ComparaçãO Dos Melhores ViolõEs AcúSticos Para Iniciantes
A primeira forma de ver e decorar as notas no braço é praticar falando uma por uma em ordem ascendente ( escala cromática com sustenidos ). Por consequência, gaste um tempo decorando as cordas soltas de grave para cima ( 1ª até a 6ª corda ) e de cima para insignificante ( 6ª até a 1ª ). As cifras são apenas uma forma de colocar os acordes no papel. Para ler bem cifras, é essencial que você memorize qual a letra que representa cada acorde. Aprender a tocar teclado é um duelo e cada etapa superada vai ser extremamente gratificante. Porém, a persistência é fundamental e executar cada passo é precípuo. Pela sua simplicidade, é possível com a visualização de número reduzido de vídeos aprender a tocá-la de forma praticamente autodidata. Todavia, exige uma extensa coordenação motriz, pelo que se torna muito útil se o seu objetivo é explorar outros instrumentos musicais mas complexos. Isto parece algo evidente, porém é uma etapa que os alunos e músicos iniciantes geralmente ignoram. O que nós já conhecemos a música, por que já a ouvimos dezenas de vezes, temos a impressão de sabermos tudo sobre ela, porém verdadeiramente a escutamos com muita atenção?
Almeja Ser Bom No ViolãO? Leia Isto E Veja O VíDeo
É melhor ver seu progresso, avaliar de onde começou e onde está agora que lamentar do que ainda não é capaz de fazer. É melhor olhar e perceber nossos progressos que pensar naquilo que ainda não aprendemos e que não vamos poder alcançar nesse instante. Entre França e Brasil, trabalho com jornalismo e projetos socioeducativos há 20 anos. Acredito na cultura e na ensino como pilares de transformação da sociedade. Mas, de fato, ser músico também significa tocar muito sozinho. Você quer estudar + ponto referentes, ir para esses caras, olhe neste link
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O café e sua origem
O café, apesar das qualidades que hoje lhe atribuímos, demorou um pouco para que fosse adotado e apreciado nas mesas europeias do século XVI. Isso deveu-se a dois fatores:
O primeiro por questões religiosas, pois, oriundo do Oriente, na Abissínia, atual Etiópia, norte da África, região em sua maioria de muçulmanos, o café era tido como herege, pecaminoso, o qual iria contra os preceitos da religião católica.
O segundo fator era questão econômica, já que os mercadores de vinho viam no novo fruto um perigoso concorrente.
Café – Fruto maduro/Foto: Livre/Pixabay.
Todavia, esses pontos negativos levantados por alguns não conseguiram frear o consumo da bebida no velho continente. O café — fruto do cafeeiro (coffea arabica), planta das rubiáceas —, possuidor de agradável e marcante sabor, além de seu poder estimulante, tornou-se uma bebida exótica, rara e cobiçada pelas camadas mais abastadas da sociedade europeia.
O seu sucesso em terras europeias, apesar de ser consumido apenas nas classes sociais mais abastadas, foi tão significativo que nas principais capitais vários estabelecimentos dedicados ao café foram criados, como o famoso Café Procope, em Paris. Na Alemanha, o êxito do café mereceu, por parte de Johann Sebastian Bach, uma composição musical, criada em 1732: A cantata do café.
O café em terras brasileiras
No Brasil, o fruto foi trazido em 1727 pelo oficial português Francisco de Melo Palheta ao retornar da Guiana Francesa. Porém, seria somente a partir de 1781 — quando o desembargador João Aberto de Castelo Branco, ao ser transferido de Belém para o Rio de Janeiro, trouxe as primeiras sementes — que começaria verdadeiramente o cultivo do café.
A primeira fase econômica do café
Foi no período do Segundo Reinado (1850-1889) que o café alcançou, pela primeira vez no país, real importância na vida econômica e política, tornando-se responsável pela recuperação da estabilidade do Império.
Apesar da certa emancipação econômica conseguida pelo bom desempenho das primeiras produções cafeeiras, o país continuava com o mesmo sistema escravista tão marcante da época colonial, o que iria colaborar, e muito, com o progresso do cultivo do café, já que a lavoura precisaria de mais braços para o trabalho.
E é justamente nesse cenário socioeconômico que o café encontrou, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país, o lugar propício para o seu desenvolvimento.
Esse lugar era o ideal, pois:
apresentava mão de obra escrava em abundância decorrente da quebra da economia mineira;
era próximo do porto;
havia animais para o transporte das sacas.
Assim, o investimento inicial exigido foi bem menor que aquele que a economia açucareira requereu. Para fazer caminhar todo o sistema econômico do café eram necessários apenas tanques para a lavagem dos grãos após a colheita, terreiros para que o café pudesse ser espalhado e seco e máquinas para a triagem, por exemplo, diferentemente do complexo sistema do engenho de açúcar.
Na primeira década do século XIX, o litoral sul fluminense — Angra dos Reis e Parati, principalmente —, abrangendo também o litoral norte de São Paulo — Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião —, foi a região onde se fixaram as primeiras plantações importantes do café. No entanto, o desenvolvimento real do seu cultivo se deu na região do vale do Paraíba.
Alguns fatores de ordem geográfica determinaram o sucesso do plantio do fruto naquela região paulista, entre eles:
a temperatura ideal que a planta requer;
chuvas bem determinadas;
e região bastante acidentada, apresentando inúmeras encostas, o que protegia a plantação dos ventos fortes.
Com esses dados a seu favor, a economia brasileira, de 1830 a 1880, concentrou-se totalmente no cultivo do café. Isso se explica, pois o produto era comercializado, sem concorrência, em todo o território europeu.
O boom da produção cafeeira no vale do Paraíba proporcionou a tranquilidade econômica ao Império. Diziam, até, na época, que o “Brasil era o vale”.
Início dos problemas
Pesquisas indicavam que, entre 1821 em 1830, o café totalizava apenas 18% do total das importações brasileiras. Já de 1831 a 1870, esse número subiu para 50%, o que animou os senhores rurais, ávidos por lucro.
Essa cobiça resultou numa atividade predatória e sem limites. Não demorou muito para que o solo da região se esgotasse, fazendo com que a produção cafeeira caísse a índices alarmantes. A economia cafeeira começava a mostrar sinais de decadência, com os sérios problemas que a produção enfrentou no vale do Paraíba.
Trabalhadores na colheita de café./Acervo do Museu do Café.
O café ganhou uma sobrevida no Oeste de São Paulo. A expansão cafeeira nessa região iniciou-se em Campinas, indo para Moji-Guaçu e, nos últimos vinte anos do século XIX, chegando até Ribeirão Preto.
O desenvolvimento do cultivo do café continuou firme após a Proclamação da República (1889), alcançando o centro e o extremo oeste de São Paulo e, a partir do século XX, o Paraná.
O segundo ciclo econômico do café
A característica do segundo ciclo econômico do café foi a introdução da utilização da mão de obra de imigrantes.
Se, por um lado, o sucesso da economia cafeeira representou a estabilidade do Império, por outro apresentava o enraizamento da escravidão, já que a produção cafeeira exigia mais trabalhadores para abastecer as regiões cafeeiras.
Entretanto, o momento mundial não era propício para uma nova corrida a navios negreiros, pois o trabalho livre assalariado do capitalismo industrial rechaçava qualquer ideia escravista.
As pressões mundiais, principalmente vindas da Inglaterra — pioneira da Revolução Industrial —, para que cessasse o tráfico de escravos, foram tantas que obrigaram o Brasil a acatar tal posição, promulgando a Lei Eusébio de Queirós, em 1850.
Isso fez com que a economia cafeeira, em franca expansão, pensasse em soluções para o seu quadro de mão de obra, agora deficitário.
A solução encontrada foi a substituição da mão de obra escrava pelo trabalho assalariado.
A partir de 1887, foram acordados, entre Brasil e alguns países, detalhes para o início da vinda de imigrantes a terras brasileiras para suprir a falta de trabalhadores.
Hospedaria dos Imigrantes (SP) — 1905/Foto: Domínio Público/Wikimedia.
No porto de Santos desembarcaram, em 1890, cerca de 150 mil trabalhadores, na sua grande maioria italianos, que eram levados imediatamente para a Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo. Os trabalhadores que eram ali contratados partiam para as fazendas de café do Oeste Paulista, nas quais eram tratados como escravos. Para se ter ideia da importância do trabalho do imigrante na produção cafeeira, em 1891 o café representava 61,5 % de produto exportado contra 9,9 % de açúcar.
O café se tornara um produto de rara importância econômica e política. Tanto isso é verdadeiro que a Proclamação da República é um fato intimamente ligado ao poder gerado pelo café, pois se deu pela união de interesses das camadas urbanas com os fazendeiros do Oeste Paulista e o Exército.
A crise do café na República
A economia cafeeira, a partir de 1875, já demonstrava nítidos sinais de crise devido à superprodução. Enquanto a produção brasileira continuava a crescer, o mercado consumidor norte-americano e europeu se retrocedia. Esse panorama espelhava uma realidade econômica em que a oferta era maior que a procura, gerando desse modo uma queda no preço, o que afetou diretamente os produtores.
Para tentar brecar esse início de crise, os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro participaram do Convênio de Taubaté, no qual, para evitar a queda de preço, decidiram contrair empréstimos no exterior a fim de comprar parte da produção que excedia o consumo do mercado mundial. Assim, esperavam que o café estocado pudesse ser liberado quando a produção fosse insuficiente. Tais medidas ficaram conhecidas como “a política de valorização do café”.
Em 1929, o café foi novamente fator preponderante para novas mudanças políticas. A crise da política de valorização do café, decorrente da grave crise do capitalismo em 1929, constituiu-se um fator decisivo para a Revolução de 30.
Os efeitos dessa crise foram vistos na retração do mercado consumidor, na suspensão do financiamento para estocagem do café e na urgência do pagamento dos débitos anteriores. Ou seja, todo o acordo acertado em 1906, no Convênio de Taubaté, estava definitivamente rompido.
A verdade é que a economia cafeeira, desde da organização do Convênio de Taubaté (1906), apresentava sinais de uma crise sem volta, e, com o passar dos anos, o que se viu foi um endividamento crescente e uma quantidade excessiva de café estocado, o que obrigou o governo, entre 1938-39, iniciasse a queima das sacas excedentes de café, chegando ao absurdo de incinerarem, no ano de 1944, cerca de 78 milhões de sacas do grão.
Avenida Paulista no dia de sua inauguração, 1891 — Aquarela de Jules Victo André Martin.
Apesar da cultura do café no Brasil ter sempre apresentado momentos de desenvolvimento e de crise, hoje, inquestionavelmente, é um importante segmento econômico. O qual representa 15% da nossa receita cambial e cuja exportação alcança, anualmente, mais de 2 milhões de dólares.
No território brasileiro, onde são cultivados mais de 3,5 milhões de cafeeiros, distribuídos em 350 mil propriedades agrícolas, possuindo 1,5 milhão de trabalhadores, a relação social com a produção cafeeira ainda continua bastante intensa: estima-se que um em cada dez brasileiros trabalha ou vive em função do café.
Café: do grão à xícara
A primeira atitude que as pessoas (ou boa parte delas) fazem ao começar o dia é tomar uma boa xícara de café quente. Se não o fazem em casa por causa da pressa, arrumam um jeito de irem à padaria ou tomam no escritório. O que importa é o sagrado cafezinho nas primeiras horas da manhã.
Mas até vê-lo transformado naquele líquido fumegante na xícara, o café — melhor dizendo as sementes do cafeeiro (sim, são sementes e não frutos!) — passa por um processo bem trabalhoso, constituído em oito etapas.
Plantio
As duas variedades de cafeeiros mais plantadas no Brasil são as espécies arábica — propícia para clima tropical ��mido — e robusta — planta mais resistente, adaptando-se bem a temperaturas mais elevadas.
As sementes são cultivadas em viveiros até germinar. A seguir, a muda é plantada em solo preparado e passa a ser regada continuamente e resguardada do sol direto. Ao se tornar arbusto, é plantada de modo definitivo na área determinada. Em três ou quatro anos, a planta começará a dar frutos.
Os cafeeiros da espécie arábica propiciam uma bebida de melhor qualidade e mais complexa, além de apresentar um índice de cafeína menor. Já os da espécie robusta, são mais utilizados nos cafés instantâneo e blends, mais encorpados e apresentam o dobro de cafeína existente no arábico.
O plantio dessas espécies deve ser em solo não pedregoso nem arenoso demais, e com uma profundidade de 1 metro.
A área a ser plantada deve ser plana e um pouco ondulada. Se o espaço apresentar culturas diversas, como pastagens, o preparo da terra poderá ser manual, mecânica ou mista. Já em solos compactos, a aração deve ser feita a uma profundidade de 20 cm a 30 cm.
A espécie arábica requer uma temperatura de 18 a 22 ºC, numa altitude entre 450 a 800 metros. Já a robusta, temperaturas entre 22 e 26 ºC, numa altitude de, no máximo, 450 metros. O índice de chuva anual, entre 600 mm a 1.500 mm, é o suficiente para o desenvolvimento desses dois tipos de café.
Colheita
Essa etapa é realizada quando o fruto está na coloração cereja, sinal de que está maduro. Se for colhido antes que amadureça, a bebida perderá a qualidade.
A colheita pode ser feita de forma manual ou mecânica. É importante que essa etapa seja bem executada, pois está diretamente vinculada à questão dos custos de produção, tendo como preocupação central a escolha dos frutos maturados.
Fermentação
Após a colheita, o café é preparado para ser beneficiado. Os grãos recém-colhidos devem passar pela etapa de fermentação o mais rápido possível para evitar a deterioração. Esse processo pode ser:
por via úmida — se dá a separação da polpa e do grão. Os grãos são separados por peso e colocados em canais de água. Em seguida, eles passam por uma série de tambores rotativos que os separam por tamanho. Esse processo visa à eliminação de mucilagem que está no grão.
por via seca — os grãos são posicionados em redes, expostos ao sol e revirados várias vezes ao dia para que sequem por igual.
Secagem
Após a fermentação, a próxima etapa é a secagem dos grãos, pois a umidade neles ainda contida pode prejudicar a qualidade da bebida.
Secagem de grãos de café. Foto: Marcus Vu/Pixabay.
A secagem mais comum é realizada em terreiros. Os grãos são colocados em mesas de secagem ou em pisos e ficam expostos ao sol, sendo remexidos a cada hora.
O processo de secagem pode durar de 8 a 30 dias, dependendo das condições climáticas.
Uma vez concluída a etapa, os grãos secos são colocados em sacos de juta ou sisal e separados para a venda.
Prova
Essa etapa é conhecida como “a prova do café”. Para que os fabricantes possam ter certeza da qualidade dos grãos que pretendem comprar, é necessário que profissionais especializados, conhecidos como cuppers, provem a bebida oriunda de determinados grãos.
O café chega em grãos em estado verde. Escolhe-se um pequeno lote a ser experimentado e esses grãos são torrados e moídos. A qualidade do café é analisado pelo cupper, que pode definir características como acidez, aroma e sabor.
Torra
O lote de grãos aprovado na fase de prova é encaminhado para a torra, que modifica o café verde em grãos marrons a serem vendidos. Geralmente, para esse processo são utilizadas máquinas com temperatura elevada, que giram, distribuindo o calor por igual. A seguir, é realizado o resfriamento do café com água ou ar. A torração aumenta a complexidade química do café, que lhe dá as qualidades definitivas daquele lote de grãos.
O café, uma vez torrado, deve ser consumido logo, por isso que a etapa de torração deve ser feita perto da época da venda.
Moagem e preparo
A moagem do café tem por finalidade obter o máximo de sabor dos grãos processados. Pode ser: fina, destinada à máquina de café expresso; média, para o uso de coadores de papel; e grossa, para preparar o café na prensa francesa.
Finalmente, o preparo básico do café é fazer com que a água fervente passe pelo pó moído. Há o método de filtragem que se baseia em colocar o pó do café num coador de pano ou de papel e despejar água fervente por cima. Há também o modo percolação, em que o café é colocado no equipamento moka, a água no recipiente inferior e espera-se até entrar em ebulição e subir o líquido. No método prensagem, conhecido como prensa francesa, coloca-se o café em um recipiente de vidro junto com água quente e coa-se o líquido por um filtro. E, por último, temos o modo pressão: o café é moído na hora e colocado num filtro, onde recebe uma pressão de água a 90 ºC durante 30 segundos. É conhecido como café expresso.
Café: conversas, artes e amizade
O sabor e o significado de um cafezinho é tão marcante e único que é justo considerá-lo mais do que uma simples bebida. Esse líquido tem sido, durante séculos, um companheiro e braço direito de muitas economias de Estados, dos pensamentos filosóficos, das discussões artísticas e do estreitamento de amizades, sem falar que o vernáculo “café” representa um espaço onde se toma a bebida, ou seja, as cafeterias.
Quantos esboços de música, de romances literários ou de simples romances pessoais e de assuntos a serem discutidos numa reunião dali a pouco foram regados a xícaras de café?
Foi em um desses cafés, em Paris, que o filósofo francês Jean Paul Sartre, reunido com Simone de Beauvoir e Raymond Aron, propôs uma ideia filosófica. Aquele Café tinha sido testemunha dos primeiros passos do Existencialismo.
Foto: Ksenia Chernaya/Pexels.
O cinema retratou com excelência a bebida. No filme A bonequinha de luxo (1961), de Blake Edwards, em determinada cena, no início do filme, Holly Golightly (vivida pela atriz Audrey Hepburn) está embevecida diante da vitrine da Tiffany, uma das mais luxuosas lojas de jóias de Nova York. A cena tornou-se clássica no cinema por um simples detalhe: Holly está tomando o seu petit déjeuner com seu copo de café e um croissant.
Outro filme que dá destaque especial ao café é Pulp fiction: tempo de violência (1994), de Quentin Tarantino. Os personagens vividos pelos atores John Travolta e Samuel L. Jackson, depois de matarem um homem sem querer dentro do carro, vão à casa de um amigo para que bolem um jeito de se livrarem do corpo. Enquanto pensam, saboreiam e elogiam o café preparado pelo amigo. Ou seja, para acalmar os ânimos e ajudar a pensar, o café é um amigo próximo.
E o que dizer das cafeterias em relação às novas amizades? Elas servem uma bebida que por si só propicia contato espontâneo entre as pessoas sentadas despreocupadas nas mesas. Mesmo embrenhadas em seus celulares, não resistem ao seu aroma, que, tal qual um ímã, as atraem em torno de uma mesa, quase sempre circular, para uma animada conversa.
Sim! O café é mais do que uma simples bebida: é um acontecimento!
Café e música
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One more cup of coffee
One more cup of coffee
Ouça ‘One More Cup Off Coffee’ clicando Aqui!
Café e Literatura
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Poema de Paulo Leminsky
Poema de Fernando Pessoa
Café: mais do que uma simples bebida! O café e sua origem O café, apesar das qualidades que hoje lhe atribuímos, demorou um pouco para que fosse adotado e apreciado nas mesas europeias do século XVI.
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fingindo ter controle sobre aquilo que provocamos nos outros, sem saber direito a direção correta a seguir na próxima bifurcação da estrada-eufemismo de caminho escolhido ou rumo tomado. NO FURTHER USE 4 IT de um perspectivismo sóbrio, austero e com mais de um quê marxista, conhecedor da luta de classes, o trabalho solo de Paul McCartney merece a devida consideração específica com o fato inegável e robusto de que se trata de uma celebridade multi-milionária. A partir de tal ponto de vista temos um olhar condescendente ou pouco atenuante. Aquele que escreve sobre o que ouve deve partir de qual princípio ? A qualidade das canções independente da condição social do autor analisado (?) Milhões de dólares e discos vendidos difíceis ignorar. A carreira solo inteira se trata de uma empresa turístico musical mística e auto-celebratória (?) Na compreensão é onde tudo termina (caso funcione o experimento) Aflito. Ouriço do tempo, a falta de um intento maior, levemente quebradiço. A tessitura fauna de meus tormentos. Eu até que tento, transformo uma dor em trajetória pictórica linhas soltas assimiladas porcamente pelo meu talento em espoliar uma forma opaca de convento parcimonioso peculiar do meu novamente sento . . . sentido? Vagas nuvens em novelos desfeitos à francesa, preto e branco, murais de pedra, assimilações de uma caligrafia pouco neutra em (sentido) estética Aquilo que significa uma Cena, um Filme, algo já visto e deglutido meu esforço é precário em conceber novas formas de ajuizar o cansaço sempre presente procedente de um vasto e imemorial abismo A PEDRA É UM PENSAMENTO vagas nouvelle new wave french cinema Tem caráter, tem ? um idiota pleno, dono de um aeroplano imaginário ninguém vale nada / manda eles à putaqueopariu Não a descoberta, mas a percepção da certeza de que eu andava por aí escrevendo equivocadamente literatura da pior qualidade, sem quaisquer tipos de embasamentos, movido tão somente pela brusca necessidade tragicômica de expressar-se num sarau particular da inventividade endiabrada e crônica do uso da linguagem atrevida. Eu decretei um Recomeço para tudo que diz respeito a escrita. O passado recente ruminava deflagrações ingênuas de um tipo febril e sofrível de escrita automática com diversos significantes erráticos e uma maçaroca final que correspondia a uma tentativa lógica de concatenar um nexo retirado dos fragmentos espalhados pelas linhas. Eu estava iludido e fingindo ? Eu não fingia mas me acostumei a colocar em stand-by o censor crítico dos rumos que meus textos tomavam, achando que se tratava de uma postura " mais artística", ignorar as regras básicas para um enunciado. É preciso tratar bem os porteiros, principalmente porque eles denunciam pros outros, nossas faltas graves diante da costura sarapa do tecido social local. É preciso tratar bem os porteiros, porque de certa forma são eles que cultivam o fofurômetro que sempre sonhamos em manter com aquelas vizinhas salientes e gostosas. Justamente essas, as vizinhas que nunca nos dão bolas, sequer saberão um dia nossos nomes cristãos, nossa rostidade apátrida de quem nunca irá pedi-las em casamento. essa fez PUC licenciatura cujo apelido me parece uma gafe, humor de quem posta foto com latinha de cerveja, a mãe já superou um câncer, o pai tem cara de caminhoneiro, embora seja um funcionário da prefeitura pequena, mais uma cujos braços passaram do ponto padronizável de textura e gordura, principalmente gordura, fora do prato de comida, o almoço, a bebida, os craqueiros gritam no meio da rua às oito e quarenta da noite. SOME GROWS EDGES LIKE KNIVES minha corrente sanguínea. meu amor de araque a banda ruim do namorado alcoólatra da suicida. os nomes das coisas que são também paradas. escandaloso como tudo tem um preço atado, uma etiqueta moral informando o valor conforme a cultura normativa do escambo passou ruidosamente para comércio. um gari canta afinado para uma platéia omissa e silenciosamente soturna durante o início da madrugada de um domingo. o mimimi ou triunfo dos grandes autores-atores que você gosta de ler parecer de porcos duvidosos o medo da necessidade eu e a escrita automática me chama de meu querido e vive longe de mim vive longe dos meus trejeitos e trajetos nenhuma baderna à vista O Começo é sempre IDEAL vacas sensualizam tristes anedotas de quando meu repertório rupestre finalmente chegou ao fim, minha pintura de parede com digitais, espalhadas aleatoriamente multicolores A psiquiatra achou uma delícia o bolo de fubá que minha mãe assou especialmente como agrado para ela, talvez, pelo desconto a galinha dos ovos de ouro de um famoso produtor local A chuva é o soluço da fauna : lágrimas O Real está lá fora : perigo não alimentar as monstruosas e melífluas encenações do quê? do ego, a morte, o resguardo dos sábios, a consagração final da vida REALIDADES ALTERNATIVAS de quartos de outros de outros quadros no sentido de departamento pessoal partidário RH Burocratizado A genitália DADA transar fode com tudo sexo + depravação o costume carnal dos povos bárbaros Onde foi parar o citadino homem cordial e sua arma, auto-filiação de um falastrão Nos contornos do seu regaço ladram os requintes do meu sossego deve ser fogo morrer de Brasil Goiás ficção permanece cerrado (a milícia do sexo e depravação) garotas-mulheres benzodiazepínicas enxergam o patriarcado pra tudo quanto é lado, enxergam machismo enquanto eu lei um alemão enlouquecido por vulvas ancestrais minha dificuldade em parecer ou dar um parecer que me torne relevante aos olhos da minha insensata vontade persecutória de analisar o que escrevo e minha apatia remediada diante da vida, do simples passamento dos dias eu não vejo dados ao acaso eu não vejo resultados práticos sintomático ganho de peso desconfio das escadas rolantes elas parecem me causar um ataque de ansiedade quase ao final do périplo sendo subindo ou descendo uma sensação de que talvez eu devesse me curvar ou me falta quase um equilíbrio um louco psicótico controlado varre a rua solitário às duas da madrugada quem vai lhe pagar o salário ao final de cada mês ? O Estado ? UM DESATINO LIMPEZA o fofurômetro da casa dispara em níveis nunca antes alcançados de popularidade o costume carnal dos povos bíblicos lábios KEYWORDS FIND MEANING perde-se a importância dos tentos achados sob a árvore, perto de um mata-burro improvisado. Nada declina de sua importância, sintoma da ausência constante do assombro. Nós que vivemos os últimos dias da hegemonia da imprensa escrita impressa. o adulto dos outros julgava melhor uma decantação dos costumes plenos e isso corria risco de não significar absolutamente coisa alguma o relato é interrompido por uma sirene de ambulância ao fundo. Nota-se que o som de sirene de ambulância é diferente da sirene de carro de polícia. a ilusão de pensar que o rigor vai nos trazer algo digno de contas a pagar a palavra anestesia é em si um território que faz escorrer um signo de ameaça ao marasmo mutismo sensorial. nada vai me fazer ser administrável um tratado a indiferença cílios em chamas sentido permutável ouve com os olhos, cheira com a maciez de uns lábios carnudos Que jeito abutre de se convencer de que é realmente isso Eu não estou possuído lado anêmico universalizante piruetas que diluem o manto cinza dos ares fugidios vocabulário inútil para dialogar com hienas da prosódia, da semântica, da hermenêutica cabaço de palavras bonitas que saímos atirando no meio da sala de uma casa habitável transformada em galeria Os dias se tornaram lampejos do que foram, tempos de outrora ordem e semelhança parcimoniosa avaliação crítica o aluno rançoso cri-cri comuta consigo mesmo uma avaliação de várias nuves vazias de informação naquela hora-tormento chega ou A Chegada do Saber as pompas pra sempre fúnebres escrevi num caderno minguante as impressões que afrouxaram diante de mim naquela noite. Uma profunda angústia ao ouvir a minha voz decretar algo que eu não quis dizer direito daquele jeito mas disse e emendei um sorriso bobo de quem aguarda e anseia por acquiescência universal. Sentado diante de mim, um artista e sua companheira. Ao meu lado o poeta que fazia o meio-de-campo entre personalidades e a qualidade do tempo da conversa fortuita. Animadas bravatas cômicas da minha parte, o artista perfilava observações irônicas sobre comparsas de conhecidos que pareciam agir da forma errada. Um certo alguém que escreveu um manual idiotizante de como ser bem-sucedido em tal área. A desistência de outro em realizar a produção de um manifesto, o primo cachaceiro que ambos não víamos há um bom tempo. A companheira cochichou algo como uma data específica do aniversário de uma tia deles. A escrita é um teatro de sugestões. Um atentado ambulante contra a paralisia enervante dos dias. A tônica que sustenta uma dimensão límbica viável para o desentendimento emaranhado dos corpos em delito delírio. só, então eu vou comemorar ? o quê ? onde perdi da vista ou de vista o asfalto onde as pradarias zombam da minha intenção fantasmática em fazer tudo soçobrar romance debris ou hubris iniciação para criaturas criativas críticas o ponto alcoólico destoa, abaixa o nível da conversa em charla doutrinatória de uns que acham sofrer mais do que todo o resto pensante ou idiotizado pelas matizes trêmulas e melífluas da Sociedade e do Capital. iniciativa cômica, esta a que me dou o trabalho de prover àlguem aí fora, do lado de lá da folha preenchida ! só, então eu vou sofrer e perguntar onde eu fui parar ? Dar com meus burros n'água. Dissolvido sob camadas de vergonha alquímica da mente criadora de casos, o paciente postulante a zelador cri-cri da obra em progresso contínuo.
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